No final da tarde desta sexta-feira, 24 de abril, Jair Bolsonaro realizou um pronunciamento, no Palácio do Planalto, para tratar sobre a demissão de Sérgio Moro. Bem como sobre a exoneração do Ex-Diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
De acordo com as declarações prestada pelo presidente da república, o Ministro da Justiça até aceitaria a substituição de Valeixo do cargo na PF. No entanto, Bolsonaro deveria indicar Moro a uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal- STF. Vale lembrar, que Sérgio Moro apontou a exoneração do Ex-Diretor da PF como o principal fator para a sua demissão.
RELACIONADAS
O Ex-Ministro de Justiça também realizou um pronunciamento nesta sexta-feira, por volta das 11h, para pontuar o que havia desencadeado seu pedido de demissão. Aliás, durante suas declarações, Moro fez algumas acusações a Bolsonaro. Que em resposta, não só ao Ex-Ministro como também ao país, explanou ponto a ponto citado por Moro no discurso realizado a partir das 17h desta tarde.
Dentre as afirmações declaradas por Sérgio Moro em seu pronunciamento estavam o fato de a substituição de Aleixo ter sido uma interferência política, além de falta de justificativa específica por parte de Bolsonaro. Bem como, que o presidente havia prometido “Carta-Branca” para o desenvolvimento dos trabalho no Ministério da Justiça, incluindo as indicações de auxiliares.
Mais sobre o pronunciamento de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro realizou seu pronunciamento de pé e rodeado pelos ministros do governo, para esclarecer a demissão do Ministro da Justiça. Em primeiro ponto, tratou diretamente sobre Sérgio Moro: “Hoje essa pessoa vai buscar uma maneira para botar uma cunha entre eu e o povo brasileiro”. “Uma coisa é você admirar uma pessoa, outra coisa é trabalhar com ela”, declarou.
Logo após, o Presidente da República lembrou que não lhe é necessário pedir autorização para substituir alguém na pirâmide hierárquica do Executivo. Em seguida, Bolsonaro tratou sobre a Polícia Federal ter dado mais importância ao “Caso Marielle” do que ao caso em que o presidente sofreu um tentado, levando uma facada.
Com isso, o presidente pronunciou: “A PF mais se preocupou com a Marielle do que com o seu chefe supremo. Eu acho que todas as pessoas de bem no Brasil querem saber – entendo senhor ex-ministro, entre o meu caso e o da Marielle, o meu está muito menos difícil de se solucionar”.
Dentre as declarações sobre o trabalho do Ministério da Justiça com a PF, Bolsonaro ainda afirmou: “Nunca pedi a ele o andamento de qualquer processo até porque com ele a inteligência perdeu espaço na Justiça.”
Por fim, Bolsonaro declarou que a exoneração do Ex-diretor da PF foi realizada em consenso com o próprio, através de uma ligação telefônica. Na qual Aleixo teria aceitado a exoneração “a pedido” antes que fosse publicada no Diário Oficial. Diferentemente do que havia alegado Sérgio Moro.