Firmemente, o presidente Jair Bolsonaro mantém sua postura de apoiador fiel ao presidente norte-americano Donald Trump. Como todos já sabem, a relação dos dois se apresentava bem consolidada desde início, quase que uma inspiração para o governo brasileiro.
Até mesmo Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Internacional (GSI), um dos seus mais antigos aliados, tentou convencê-lo a dar os parabéns a Joe Biden pela vitória nas urnas. Os dois estiveram juntos em reunião na sala da Presidência do Palácio do Planalto durante a última segunda-feira.
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Ao mesmo tempo o próprio Trump não admite derrota e diz que houve fraude nas eleições: “Por anos, os democratas têm pregado como nossas eleições foram inseguras e fraudulentas. Agora eles estão dizendo que trabalho maravilhoso a administração Trump fez ao tornar 2020 a eleição mais segura de todos os tempos. Na verdade, isso é verdade, exceto pelo que os democratas fizeram. Eleição manipulada!“, exclamou nas redes sociais.
Bolsonaro rejeita política de Joe Biden sobre cuidados ambientais da Amazônia

Durante um evento no Palácio do Planalto, o presidente Bolsonaro fez um discurso um tanto quanto peculiar. Negando veementemente a ajuda indiscreta de Joe Biden sobre a Amazônia, Bolsonaro chegou a afirmar que “quando o diálogo acaba”, tem que ter “pólvora”. A conversa causou repercussão na mídia e resultou em uma série de piadas na internet.
“Todo mundo que tem riqueza não pode dizer que é feliz, não, tem que tomar cuidado com a riqueza, porque está cheio de malandro de olho nela. E o Brasil é um país riquíssimo“, disse Bolsonaro em referência a Biden.
E completou: “Assistimos há pouco um grande candidato a chefe de Estado dizer que se eu não apagar o fogo na Amazônia levanta barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas na diplomacia não dá. Porque quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, se não, não funciona. Precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo.”
México
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, é o segundo líder latino-americano a se abster de dar os parabéns a Joe Biden. Semelhante a Bolsonaro, os dois também mantiveram uma boa relação com Donald Trump, embora os Estados Unidos apresentasse uma dura política de rejeição a migração na fronteira com o país.
Segundo Andrés, o motivo disso seria não agir de forma imprudente ou levianamente. E acrescentou que a relação com os EUA é boa, seja lá qual for o candidato vencedor.
Em contrapartida, o deputado Joaquin Castro, também do partido Democratas, não aprovou o comportamento do presidente mexicano e disse que isso se tratava de um estonteante erro diplomático.
Coreia do Norte
Outro que se manteve indiferente foi o líder norte-coreano Kim Jong-Un, que não expressou nenhum comunicado sobre a vitória de Biden nas eleições americanas.
Apesar disso, a postura de Kim pode ser considerada até previsível após Joe Biden afirmar que não precisava de contatos pessoais com ele. A repercussão foi negativa, e Kim respondeu Biden chamando-o de “um tolo com baixo QI”.
A relação que Trump e Kim mantiveram era até amistosa, os dois se encontraram pelo menos três vezes em reuniões. Em 2016, a capital da Coreia do Norte, Pyongyang, demonstrou empatia por Trump alguns dias após a sua vitória.
Outros líderes que ainda não se pronunciaram: Vladimir Putin (Rússia) e Recep Tayyip Erdogan (Turquia).