Um jogo de tabuleiro desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) auxiliar no aprendizado de crianças cegas ou com baixa visão. Por meio da exploração pelo tato e o reconhecimento de formatos em duas dimensões (2D) é possível ensinar a alfabetização entre outras habilidades.
Além disso, a ferramenta desenvolvida em Braille ajudam a explorar o tato e o reconhecimento das formas. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Cegos da Paraíba, localizado em João Pessoa. Mas a patente do projeto ficou com a Agência UFPB de Inovação tecnológica.
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Constituído por um tabuleiro com espaços quadriculados, o jogo remota a objetos do dia-a-dia para serem encaixados. Há duas modalidades para ser jogadas. Para crianças cegas o nome das peças são escritos em Braille, enquanto que para as crianças com baixa visão as peças são em caixa alta e com alto-contraste.
E como matéria-prima para fazer o produto foram utilizados materiais como EVA, plástico e madeira. Os materiais são antiderrapantes, o que melhora o manuseio por ter uma maior aderência e isso impede que na hora de jogar o brinquedo se mova.
Confira o que disseram os Pesquisadores do jogo!

Os pesquisadores Catharine Sanches, Maryana Tavares e Joele Marques desenvolveram o jogo de tabuleiro com a orientação de Fábio Borges, professor do Departamento de Engenharia de Produção. Durante o desenvolvimento do projeto eles buscaram entender quais são as necessidades e as barreiras que uma pessoa com deficiência visual encontram.
Segundo o professor Fábio Borges, o projeto além de ser um brinquedo é uma ferramenta, ele disse:
“Para as crianças com deficiência visual, isso é muito mais gritante, porque elas não têm a interação que nós temos com o mundo. Então, a parte lúdica de perceber que eu estou aprendendo o Braille por meio de uma brincadeira, de um jogo, facilita não só a aprendizagem em si, mas o apego, o querer brincar para aprender”
Por fim, segundo os pesquisadores com o uso da tecnologia assistiva é essencial para que aja a integração e independência das pessoas com deficiência. A pesquisadora Maryana Tavares declarou que:
“A ferramenta proposta traz o aspecto lúdico à aprendizagem do Braille. Com o objetivo de torná-la simples, divertida e possível de ser compartilhada com outras crianças”
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