Na noite de ontem, quarta-feira (21), em entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro comunicou o cancelamento do protocolo de intenções da aquisição de 46 milhões de doses da Coronavac. O anúncio vai contra a decisão tomada anteriormente pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Durante a entrevista, Bolsonaro desferiu a seguinte frase: “Quando o chefe decide, o subordinado cumpre“, em referência a Pazuello.
E acrescentou: “No meu entender, houve certa precipitação em assinar esse protocolo. Eu devia ser informado de uma decisão tão importante“, disse Bolsonaro.
Além disso, o presidente alegou não ter problema nenhum com o seu ministro, mas considerou a assinatura da carta uma intenção precipitada, e reforçou ao dizer: “É um dos melhores ministros da Saúde que o Brasil teve nos últimos anos.“
Sobre obrigatoriedade da vacina, Bolsonaro menciona diretora da OMS
Nesta manhã desta quinta-feira (22), Bolsonaro utilizou o seu Twitter para, mais uma vez, rejeitar a ideia de uma vacina obrigatória. Desta vez, o presidente utilizou a imagem da diretora da OMS, Mariângela Simão.
Em sua publicação, vinha a seguinte legenda: “Diretora da OMS não recomenda que vacina contra covid-19 seja obrigatória“, dizia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não é recomendado que a aplicação de qualquer vacina contra COVID-19 seja obrigatória. Mariângela admitiu que é contra “medidas autoritárias” como esta.
“A OMS defende que isso é para cada país decidir. Mas em uma situação que você está falando com adultos, que têm capacidade de discernimento para fazer escolhas informadas, não se recomenda medidas autoritárias. Até porque é difícil fiscalizar. Vai depender da situação interna de cada país, mas é de difícil implementação“, explicou em entrevista à CNN Brasil.